Semana Nacional da Familia

Semana Nacional da Familia

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Quer um filho bom? Gaste tempo com ele!

Incluído por santos | novembro 25, 2009

Colaboração Comunidade Sagrada Familia Santos

A sociedade está em crise, ninguém duvida. Difícil mesmo é descobrirmos o caminho de saída da crise. Parece que estaQue mos mais preparados para lidar com as guerras do que com as crises. Guerra é quando não queremos ouvir o inimigo. A saída é negociar, sentar para ouvir. Mas e a crise? Crise é quando não queremos falar ao amigo. O amigo bate à minha porta e esbarra num silêncio ensurdecedor. A sociedade procura os seus dirigentes e recebe em troca o silêncio dos discursos vazios.

É triste perceber que as famílias também estão em crise. É sinal de que alguém precisa dizer algo, romper o silêncio, combater a crise. É a figura do pai que, na maioria das vezes, deve chamar para si essa responsabilidade. O problema é que poucos homens estão dispostos a assumir esse papel.

Se existe guerra entre pai e filho, a mãe está sempre disposta a intermediar a relação. Ela tem grande disponibilidade afetiva e está quase sempre com os braços abertos, pronta para um gesto de compreensão e acolhimento.

Mas quando se trata de crise são o silêncio e a ausência de um pai que geram o problema. Mesmo nos lares em que não há um pai biológico alguém precisa assumir o papel paterno, preferentemente alguém do sexo masculino. Faz parte do desígnio de Deus que alguém assuma a realidade de pai.

O papel de pai é exigente porque a sua orientação, por mais afetuosa e pedagógica que seja, significa sempre um limite. Muitos se perguntam como impor limites que estimulem o respeito e o amor em família. Mas não basta começar a ditar regras. É importante compreender esse limite, que exige da figura paterna uma virtude fundamental: a magnanimidade. Sim, o pai tem de ter uma “alma grande”.

Um grande amigo meu e excelente educador uma vez me disse: “Não dê mais de uma ordem por mês nem explique muito”. O pai não deve se preocupar com pequenos defeitos, mas com os grandes. Você não deve encher a vida do seu filho de regrinhas, que desgastam sua autoridade e transformam a relação em mera cobrança.

Lembre-se: resolver uma crise é, antes de tudo, falar a um amigo. Mas como ter uma amizade com seu filho se não houver convívio? Quer um filho bom? Gaste tempo com ele. Quem não tem tempo para os filhos é porque tem priorizado outros assuntos em detrimento da família. A tendência dos filhos é seguir o mesmo caminho. Se o pai não se fizer presente e não impuser regras, a sociedade se incumbirá dessa tarefa - muitas vezes da pior forma possível.

Os pais modernos se vangloriam de serem cúmplices de seus filhos. Mas tal cumplicidade nem sempre é verdadeiro amor. A esse respeito o Papa Bento XVI nos dá um testemunho luminoso: “Recordo sempre com grande afeto a profunda bondade de meu pai e de minha mãe. É claro que para mim bondade significa também a capacidade de dizer ‘não’, porque uma bondade que deixa tudo correr às soltas não quer fazer o bem ao outro”.

Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior é autor de “Um olhar que cura” (Editora Canção Nova) e consultor do Vaticano para assuntos de Catequese.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Campanha da Fraternidade 2010 é lançada em São Paulo

Tema deste ano é "Economia e Vida".
Arcebispo de São Paulo espera que tema seja debatido durante eleições.

Emilio Sant'Anna Do G1, em São Paulo

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D. Odilo Scherer defende que candidatos apresentem política econômica socialmente justa e sustentável (Foto: Emilio Sant`Anna)

A Quarta-Feira de Cinzas é o dia que abre a Quaresma, período que antecede a Páscoa e, para os cristãos, momento de reflexão. Esta quarta (17) marcou também o lançamento da Campanha da Fraternidade 2010. O tema da campanha é "Economia e Vida" e o arcebispo metropolitano de São Paulo, d. Odilo Scherer, espera que seja discutido durante a campanha eleitoral deste ano.

"Espero que o tema seja debatido e que se discuta que tipo de política econômica os candidatos vão apresentar", disse d. Odilo, enquanto se preparava para o lançamento da campanha durante a missa de Quarta-Feira de Cinzas, na Catedral da Sé.

Esta é terceira vez que a Campanha da Fraternidade é organizada pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), entidade que congrega além da Igraja Católica, a Igreja Luterana, Anglicana, Católica Ortodoxa e Presbiteriana.

  • Aspas

    Espero que o tema seja debatido e que se discuta que tipo de política econômica os candidatos vão apresentar "

O tema é atual, mas foi decidido antes mesmo da crise econômica. "Estamos saindo de uma crise global, mas ainda não a superamos totalmente", disse o arcebispo de São Paulo.

A proposta das igrejas filiadas ao Conic é que os cristãos repensem o modelo econômico vigente. Entre as ações propostas estão a luta em favor da tributação justa e progressiva, a auditoria da dívida pública, a adoção de políticas ecônomicas de distribuição de renda e o direito a alimentação.

Foto: Emilio Sant`Anna

Economia de comunhão, diz d. Odilo, é uma das formas de combater a exclusão social e a pobreza. Neste ano, Campanha da Fraternidade é realizada pelo Conic (Foto: Emilio Sant`Anna)

  • Aspas

    A riqueza acaba se tornando um valor supremo, em nome do qual todos os outros valores acabam sendo sacrificados"

D. Odilo lembra que os cristãos não podem "servir a Deus e ao dinheiro" e que o enriquecimento e o acúmulo de bens não pode ser tratado com idolatria. "A riqueza acaba se tornando um valor supremo, em nome do qual todos os outros valores acabam sendo sacrificados", afirma.

A melhor forma de viver o tema da campanha, disse d. Odilo, é promover ações sustentáveis, como a prática da ecônomia socialmente justa, e que não agridam o meio ambiente, o que ele chama de "economia de comunhão". "Podemos promover formas de economia que visem, por exemplo, integrar grupos que estão socialmente marginalizados, o comércio eco-solidário, economia de comunhão, existem muitas formas de se promover uma economia menos individualista e mais solidária", afirmou.

A Catedral da Sé ficou cheia para acompanhar a celebração da missa por d. Odilo. Alheio à campanha e à missa, do lado de fora, Kléber Gomes, de 21 anos, era um entre os tantos moradores de rua que passam os dias na Praça da Sé. Há poucos dias, disse ele, completou um ano morando nas ruas de São Paulo.

Um ano morando nas ruas e dormindo em frente à Catedral da Sé. "Vim para buscar emprego, mas nunca encontrei nada", disse ele, que estudou até a oitva série.

Questionado se deseja retornar para Brasília, onde mora sua família, Kléber dá de ombros. "Querer mesmo eu queria era trabalhar", afirmou. "Mas se não der, um dia eu volto."

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Formação para agentes de Pastoral



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Formação na Diocese de Santos

Aconteceu neste domingo, 21/fev, no período da manhã, a primeira formação (de duas programadas) para os agentes de Pastoral Familiar da Diocese de Santos. O encontro foi realizado no Colégio Liceu Santista, próximo ao Orquidário Municipal.

O encontro organizado pela comissão diocesana, coordenada pelo casal Genilson e Jussara, contou coma presença de dom Jacyr, bispo diocesano, que abriu o encontro e afirmou que na Diocese de Santos a Família, e consequentemente, a Pastoral Familiar são uma prioridade incluída no Plano de Pastoral. Ele, que trazia nas mãos o documento, apresentou-o para os agentes de diversas regiões e paróquias da Baixada, reunidos ali. O encontro contou ainda com a participação de dois padres que permaneceram no auditório durante toda a formação. Eles vieram acompanhando suas paróquias.

Assessorou o encontro o André, da Diocese de Osasco e membro do Núcleo de Formação e Espiritualidade (NUFESP) do Regional Sul-1. O tema escolhido pela comissão diocesana de Santos foi: ”O que é Pastoral Familiar, quais são suas metas e objetivos”. André apresentou uma resumo do Familiaris Consortio (A Missão da Família Cristão no Mundo de Hoje), do Diretório da Pastoral Familiar e entrou em conteúdos do Documento de Aparecida. Falou sobre o emprenho pastoral e missionário e sobre a opção que cada cristão, em especial o agente de Pastoral, deve fazer por Jesus Cristo.

Esteve presente ao evento o pe. Toninho, assessor eclesiástico da Pastoral Familiar da Diocese de Santos, que falou alguns minutos sobre como é necessário articular uma pastoral que parece estar solta em diversas paróquias e comunidades.

A formação terminou às 12h30 e os agentes já foram convidados para a próxima data que será no dia 25/abr, no mesmo local e horário.

fevereiro 21st, 2010 | Tags: , ,

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010


Imagem de Destaque

Direitos Humanos

Quem defende o aborto nega sua condição de católico

O III Plano Nacional de Direitos Humanos ao falar da "autonomia" da mulher sobre seu próprio corpo e recomendar que o Congresso altere o Código Penal a fim de descriminalizar a prática do aborto recomenda um crime qualificado contra a humanidade e contra o próprio Brasil.

Ele quer outorgar legitimidade jurídica a um crime infamante, estabelecer como um direito democraticamente exigível o mais abominável dos delitos e o financiamento dele beneficiando os carrascos com dinheiro público.

Contra o povo brasileiro, povo apaixonado pela vida humana, tantas vezes comprovado em estatísticas da maior seriedade, a última deste mês em que não chega a um quarto de cidadãos brasileiros os que querem manchar de sangue de crianças o mapa do Brasil.

Em 2007, o Partido dos Trabalhadores aprovou, em seu programa, a luta pela implantação do aborto no Brasil. Isso não pode acontecer, pois é projeto revestido de fanatismo cruel contra o nascituro. Podemos dizer que é um dos projetos mais bárbaros de aborto conhecidos no mundo, que defende de modo obsessivo e neurótico a morte legal de inocentes.


.: Aborto será modificado no texto do Programa de Direitos Humanos
.: Programa de Direitos Humanos exige mais diálogo, dizem estudiosos
.: Programa de Direitos Humanos é "desumano", afirma jurista
.: Procuradoria mantém símbolos religiosos em repartições públicas

Podcast: Padre Paulo Ricado aponta os perigos do Plano Nacional de Direitos Humanos


Se o Governo atual aprova tal Plano torna-se o inimigo número um da sociedade e o primeiro elemento desestabilizador da ordem social. Os que deveriam ser construtores e defensores da vida tornaram-se de modo incompreensível uma enorme ameaça contra o Brasil todo.

A Igreja defende e defenderá sempre que a vida humana é sagrada e inviolável desde o momento da concepção até o final da sua existência. Dessa sacralidade e inviolabilidade nasce o direito de todo ser humano a ser respeitado, protegido e promovido no desenvolvimento de sua existência em qualquer momento ou situação. Sempre em nome da razão e da dignidade nativa do homem e não só da fé, a Igreja o defenderá quando estiver em pauta qualquer vida humana.

Estamos comprometidos, juntamente com todo o povo brasileiro, com uma cultura da vida e não da morte. "Quem defende o aborto nega sua condição de católico", proclamava bem alto o Papa João Paulo II (Ev.V 62). Como cristãos é impossível ficarmos calados e concordar com a decisão de aprovar tal projeto que nega o direito à vida.

Defender e promover a vida e posicionar-se contra o aborto provocado é uma questão de humanidade. Não há nada que possa justificá-lo porque nada pode justificar o assassinato frio e calculado de uma vida humana inocente.

Podemos usar um dos Dez Mandamentos para dizer: Dr. Vannucchi, Dr. Temporão, Presidente Lula e tantos órgãos responsáveis pela defesa da vida: "Não matarás!"

O evangelho da vida, o evangelho da dignidade humana e o evangelho do amor de Deus aos homens é um mesmo e único Evangelho. O homem não tem direito de destruí-lo.

Dom José Luis Azcona
Bispo da Prelazia de Marajó (PA)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Sete em cada dez brasileiros são contra o aborto, revela pesquisa


Genilson Santos

Jornalista

73,5% dos brasileiros são contrários à legalização do aborto. É o resultado da pesquisa de opinião pública CNT/Sensus feita a pedido da Confederação Nacional do Transporte.

No total, 2 mil pessoas foram ouvidas nas 5 regiões do país, no período de 25 a 29 de janeiro deste ano. A informação foi publicada no início deste mês.

O percentual dos que se declararam a favor do aborto ficou em 22,7%.

Preocupação
A pesquisa traz também dados preocupantes, como o aumento do porcentual de brasileiros favoráveis tanto à legalização do aborto, quanto à pena de morte, nos últimos 10 anos.

Entre janeiro de 2001 e janeiro de 2010, subiu de 39,4% para 41,2% os que declaram a favor da pena de morte e de 17,7% para 22,7% os favoráveis à legalização do aborto.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O Divórcio e os filhos

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Respondendo ao mito de que o divórcio não afeta os filhos e que em alguns casos poderia ser a "melhor" solução, o Papa Bento XVI recordou hoje que esta ruptura matrimonial tem sérias conseqüências sobre as crianças, que sempre precisam viver e desenvolver-se em meio de uma família unida que reze, dialogue e esteja fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher que se complementam.

O Santo Padre explicou em seu discurso de hoje ao Pontifício Conselho para a Família que a instituição familiar "fundada sobre o matrimônio entre homem e mulher é a maior ajuda que se pode oferecer às crianças. Eles querem ser amados por uma mãe e um pai que se amam, e precisam viver, crescer e estar juntos com os dois pais, porque as figuras materna e paterna são complementares na educação dos filhos e na construção de suas personalidades e sua identidade".

Por isso, disse o Papa Bento, "é importante então que se faça todo o possível para fazê-los crescer em uma família unida e estável. Para tal fim, é necessário exortar aos cônjuges a não perder nunca de vista as razões profundas e a sacramentalidad de seu pacto conjugal e a reafirmá-lo com a escuta da Palavra de Deus, a oração, o diálogo constante e o perdão mútuo".

Finalmente Papa Bento XVI ressaltou que "um ambiente familiar não sereno, a divisão dos pais e, em particular, a separação com o divórcio, têm conseqüências sobre as crianças, enquanto que sustentar a família e promover seu verdadeiro bem, seus direitos, sua unidade e estabilidade é sempre o melhor modo de tutelar os direitos e as autênticas exigências dos menores".

Enviado por Comunidade Família de Deus

Bento XVI e a Familia

Segunda-feira, 08 de fevereiro de 2010, 14h19

Bento XVI dá dicas de preparação ao matrimônio

Genilson Santos
Jornalista


H2O News
Cardeais escutam atentamente o discurso do Papa
O Papa destacou três etapas de formação e resposta à vocação do matrimônio.

Bento XVI ofereceu as dicas aos participantes da XIX Assembleia Plenária do Pontifício Conselho para a Família, recebidos em audiência na manhã desta segunda-feira, 8, no Vaticano.

O departamento está envolvido na elaboração de um Vademecum (documento) sobre a preparação ao matrimônio. Com base nas indicações de João Paulo II na Exortação Apostólica Familiaris Consortio, o Santo Padre destacou três fases: remota, próxima e imediata.

.: Íntegra do discurso do Papa

"A preparação remota diz respeito às crianças, adolescentes e jovens", ensina. É a fase em que se busca educar para entender a vida como uma vocação para o amor e a sexualidade como uma capacidade de relação a ser incorporada no amor autêntico.

Já a preparação próxima "deve ser engajada e configurada em um caminho de fé e vida cristã, que conduza a um conhecimento aprofundado do mistério de Cristo e da Igreja, do sentido da graça e das responsabilidades do matrimônio". Bento XVI chama a atenção para que os namorados revivam a própria relação pessoal com o Senhor Jesus, através da Palavra, dos sacramentos e da Eucaristia.

"A preparação imediata se realiza próximo ao casamento", destaca. O Papa indica que deve ser feito um trabalho que incentive a consciência de que tal união é um presente para toda a Igreja e contribui para seu crescimento espiritual.


Crianças e família

A Assembleia Plenária tem por tema "Os Direitos da Criança", devido à comemoração dos vinte anos da Convenção adotada pela Assembleia Geral da ONU em 1989.

O Papa explica: "é a família, fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher, a maior ajuda que pode ser oferecida às crianças. Elas querem ser amadas por um pai e uma mãe que se amam, e precisam habitar, crescer e viver com ambos os pais, porque as figuras materna e paterna são complementares na educação dos filhos e na construção de sua personalidade e sua identidade. É importante, portanto, que se faça todo o possível para que elas cresçam em uma família unida e estável".

O Pontífice também destacou o trabalho que a Igreja realiza, há séculos, na proteção dos pequenos. "Infelizmente, em diversos casos, alguns dos seus membros, agindo em contraste com este empenho, têm violado tais direitos: um comportamento que a Igreja não admite e não deixará de lamentar e condenar", enfatizou.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

REPUDIO

67 Bispos repudiam Plano do Governo

Por Genilson Santos
Coordenador Diocesano da PAstoral Familiar Santos

Pronunciamento acerca do 3º Programa Nacional de Direitos Humanos

Nós abaixo-assinados, impelidos por nosso dever pastoral como Bispos católicos, provenientes de várias regiões do País, reunidos em um encontro de atualização pastoral – prosseguindo a tradição profética da Igreja Católica no Brasil que, nos momentos mais significativos da história de nosso País, sempre se manifestou em favor da democracia, dos legítimos direitos humanos e do bem comum da sociedade, em continuidade com a Declaração da CNBB do dia 15 de Janeiro de 2010 e com a Nota da Comissão Episcopal de Pastoral para a Vida e a Família e em consonância com os pareceres emitidos por diversos segmentos da sociedade brasileira feridos pelo III Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3), assinado pelo Preside nte da República no dia 21 de dezembro de 2009 – nos vemos no dever de manifestar publicamente nossa rejeição a determinados pontos deste Programa.

Diz a referida Declaração: “A CNBB reafirma sua posição muitas vezes manifestada em defesa da vida e da família e contrária à discriminalização do aborto, ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e o direito de adoção de crianças por casais homo-afetivos. Rejeita, também, a criação de mecanismos para impedir a ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos da União, pois considera que tal medida intolerante, pretende ignorar nossas raízes históricas”.

Não podemos aceitar que o legítimo direito humano, já reconhecido na Declaração de 1948, de liberdade religiosa em todos os niveis, inclusive o público, possa ser cerceado pela imposição ideológica que pretende reduzir a manifestação religiosa a um âmbito exclusivamente privado. Os símbolos religiosos expressam a alma do povo brasileiro e são manifestação das raízes históricas cristãs que ninguém tem o direito de cancelar.

Há propostas que banalizam a vida, descaracterizam a instituição familiar do matrimônio, cerceiam a liberdade de expressão na imprensa, reduzem as garantias jurídicas da propriedade privada, limitam o exercício do poder judiciário, como ainda correm o perigo de reacendar conflitos sociais já pacificados com a lei da anistia. Estas propostas constituem, portanto, ameaça à própria paz social.

Fazemos nossas as palavras do Cardeal Dom Geraldo Majela Agnelo, Primaz do Brasil, referidas à proposta de discriminalização do aborto, mas extensivas aos demais aspectos negativos do programa. O PNHD 3 “pretende fazer passar como direito universal a vontade de uma minoria, já que a maioria da população brasileira manifestou explicitamente sua vontade contrária. Fazer aprovar por decreto o que já foi rechaçado repetidas vezes por orgãos legitimos traz à tona métodos autoritários, dos quais com muito sacrifício nos libertamos ao restabelecer a democracia no Brasil na década de 80”.

“Firmes na esperança, pacientes na tribulação, constantes na oração” (Rm 12, 12), confiamos a Deus, Senhor supremo da Vida e da História, os rumos de nossa Pátria brasileira.

Rio de Janeiro, 28 de Janeiro de 2010.

+ Alano Maria Pena, Arcebispo de Niteroi, RJ

+ Francisco de Assis Dantas de Lucena, Bispo de Guarabira

+ Fernando Arêas Rifan, Bispo da Administração Apostólica S. João Maria Vianney, Campos, RJ

+ Benedito Gonçalves Santos, Bispo de Presidente Prudente, SP

+ Joaquim Carreira, Bispo Auxiliar de São Paulo, SP

+ Juarez Silva, Bispo de Oeiras, PI

+ Manoel Pestana Filho, Bispo emérito de Anápolis, GO

+ José Moreira da Silva, Bispo de Januária, MG

+ Tarcísio Nascentes dos Santos, Bispo de Divinópolis, MG

+ Guiliano Frigenni, Bispo de Parintins, AM

+ Paulo Francisco Machado, Bispo de Uberlândia

+ Gilberto Pastana de Oliveira, Bispo de Imperatriz, MA

+ Philipe Dickmans, Bispo de Miracema, TO

+ Edney Gouvêa Mattoso, Bispo eleito de Nova Friburgo, RJ

+ Carlos Alberto dos Santos, Bispo de Teixeira de Freitas – Caravelas, BA

+ Walter Michael Ebejer, Bispo emérito de União da Vitória, PR

+ José Antônio Peruzzo, Bispo de Palmas – Francisco Beltrão, PR

+ Franco Cuter, Bispo de Grajaú, MA

+ Karl Josef Romer, Secretário emérito do Pontifício Conselho para a Família

+ Roberto Lopes, Abade do Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro, RJ

+ Orani João Tempesta OCist., Arcebispo do Rio de Janeiro, RJ

+ Eugenio de Araujo Card. Sales, Arcebispo emérito do Rio de Janeiro, RJ

+ João Carlos Petrini, Bispo Auxiliar de São Salvador da Bahia

+ Luciano Bergamin, Bispo de Nova Iguaçu, RJ

+ Antônio Augusto Dias Duarte, Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, RJ

+ Wilson Tadeu Jönck, Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro

+ Pedro Brito Guimarães, Bispo de São Raimundo Nonato, PI

+ Fernando Guimarães, Bispo de Garanhuns, PE

+ Salvador Paruzzo, Bispo de Ourinhos, SP

+ José Moureira de Mello, Bispo de Itapeva, SP

+ José Francisco Rezende Dias, Bispo de Duque de Caxias, RJ

+ Laurindo Guizzardi, Bispo de Foz do Iguaçu, PR

+ Gornônio Alves da Encarnação Neto, Bispo de Itapetininga, SP

+ Carmo João Rhoden, Bispo de Taubaté, SP

+ Ceslau Stanula, Bispo de Itabuna, BA

+ João Bosco de Sousa, Bispo de União da Vitória, PR]

+ Osvino José Both, Arcebispo Militar do Brasil, BSB

+ Capistrano Francisco Heim, Bispo Prelado de Itaituba, PA

+ Aldo di Cillo Pagotto, Arcebispo da Paraíba, PB

+ Gil Antonio Moreira, Arcebispo de Juiz de Fora, MG

+ Moacir Silva, Bispo de São José dos Campos, SP

+ Diamantino Prata de Carvalho, Bispo de Campanha, MG

+ Caetano Ferrari, Bispo de Bauru, SP

+ Aléssio Saccardo, Bispo de Ponta de Pedras, PA

+ Heitor de Araújo Sales, Arcebispo emérito de Natal, RN

+ Matias Patrício de Macêdo, Arcebispo de Natal, RN

+ Geraldo Dantas de Andrade, Bispo auxiliar de São Luis do Maranhão, MA

+ Bonifácio Piccinini, Arcebispo emérito de Cuiabá, MT

+ Tarcísio Scamarussa, Bispo Auxiliar de São Paulo, SP

+ Celso José Pinto da Silva, Arcebispo emérito de Teresina, PI

+ José Palmeira Lessa, Arcebispo de Aracaju, SE

+ Antônio Carlos Altieri, Bispo de Caraguatatuba, SP

+ Aloisio Hilário de Pinho, Bispo emérito de Jataí, GO

+ Guilherme Porto, Bispo de Sete Lagoas, MG

+ Adalberto Paulo da Silva, Bispo Auxiliar emérito de Fortaleza, CE

+ Bruno Pedron, Bispo de Ji-Paraná, RO

+ Fernando Mason, Bispo de Piracicaba, SP

+ João Mamede Filho, Bispo Auxiliar de São Paulo, SP

+ José Maria Pires, Arcebispo emérito de Paraíba, PB

+ Alfredo Schaffler, Bispo de Parnaíba, PI

+ João Messi, Bispo de Barra do Piraí – Volta Redonda, RJ

+ Friederich Heimler, Bispo de Cruz Alta, RS

+ Osvaldo Giuntini, Bispo de Marília, SP

+ Assis Lopes, Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, RJ

+ Edson de Castro Homem, Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, RJ

+Alessandro Ruffinoni, Bispo auxiliar de Porto Alegre, RS

+ Leonardo Menezes da Silva, Bispo auxiliar de Salvador, BA

Caridade selo Cristão

Caridade é distintivo do cristão, destaca Bento XVI


Da Redação, com Rádio Vaticano


Reuters
Papa e os dois adolescentes no momento em que soltaram as pombas da janela do seu escritório
"A caridade é o distintivo do cristão. É a síntese de toda a sua vida: do que acredita e do que faz". Foi o que disse o Papa Bento XVI no Angelus deste domingo, 31, ao recordar que "o caminho da perfeição não consiste em possuir qualidades excepcionais: falar línguas novas, conhecer todos os mistérios, ter uma fé prodigiosa ou realizar gestos heróicos. (...) Consiste ao invés na caridade – ágape – isto é no amor autêntico, que Deus nos revelou em Jesus Cristo".

O Santo Padre disse ainda que a caridade é o "dom maior", que dá valor a todos os demais, e mesmo assim "não se vangloria, não se enche de orgulho", ao contrário, "se regozija com a verdade" e com o bem dos outros. Quem ama verdadeiramente "não busca o próprio interesse", "não leva em consideração o mal recebido", "tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta". (cfr 1 Cor 13,4-7).

Quando finalmente nos encontrarmos "face a face com Deus, todos os demais dons não contarão; o único que permanecerá eterno será a caridade, porque Deus é amor e nós seremos semelhantes a Ele, em comunhão perfeita com Ele", acrescentou.

A este propósito, Bento XVI recordou ter dedicado sua primeira Encíclica “Deus caritas est” ao tema da Caridade.

"Como vocês podem recordar essa Encíclica se compõe de duas partes, que correspondem aos dois aspectos da caridade: o seu significado e a sua atuação prática. O amor é a essência de Deus mesmo, é o sentido da criação e da história, é a luz que dá bondade e beleza à existência de cada homem. (...) Ao mesmo tempo, o amor é, por assim dizer, o estilo de Deus e do homem que crê, é o comportamento de quem, respondendo ao amor de Deus, assenta a sua vida como dom de si a Deus e ao próximo".

Em Jesus Cristo – continuou o Papa - "esses dois aspectos formam uma perfeita unidade: Ele é o Amor encarnado. Este Amor nos é revelado plenamente no Cristo crucificado. Fixando o olhar n’Ele, podemos dizer como o apóstolo João. 'Nós reconhecemos o amor que Deus tem por nós e acreditamos'".

Bento XVI concluiu sua reflexão antes da oração do Angelus afirmando que "se pensarmos nos Santos, reconheceremos a variedade dos seus dons espirituais, e também das suas características humanas. Mas a vida de cada um deles é um hino à caridade, um canto vivente ao amor de Deus".

Em seguida Bento XVI rezou o Angelus e concedeu a todos sua Benção Apostólica. Como é costume, todos os anos no fim do mês de janeiro, Bento XVI acolheu na janela do seu escritório na Residência Apostólica dois adolescentes membros a Ação Católica Italiana que junto com ele soltaram duas pombas como tradicional sinal da paz.

Um dos adolescentes leu ao Papa uma mensagem dedicada ao tema da paz. Na Praça São Pedro, sob um chuva fina, estava presente, além dos jovens da Ação Católica da diocese de Roma, o cardeal-vigário Agostino Vallini. Momentos antes todos participaram pelas ruas de Roma da anual “Caravana da Paz”.

O Papa saudou-lhes e agradeceu-lhes pela presença, sublinhando que com a “Caravana da Paz” e com o símbolo das pombas que foram libertadas da sua janela, os jovens dão a todos “um sinal de esperança”.

Doentes de lepra

Antes de saudar os fiéis presentes na Praça São Pedro em várias línguas, Bento XVI recordou que neste último domingo de janeiro celebra-se o Dia Mundial dos Doentes de Lepra. O pensamento do Papa dirigiu-se ao Padre Damião de Veuster, que deu a sua vida pelos irmãos e irmãs leprosos e que o Pontífice proclamou santo no último mês de outubro.

O Papa confiou à sua celeste proteção todas as pessoas que infelizmente hoje sofrem por causa dessa doença, como também os agentes de saúde e os voluntários que trabalham para que possa existir um mundo sem a lepra. Bento XVI fez ainda uma saudação especial aos membros da Associação Italiana Amigos de Raoul Follereau.

Paz na Terra Santa e Crise econômica

Celebra-se ainda neste domingo o segundo “Dia de Intercessão pela Paz na Terra Santa”, e o Santo Padre recordou a ocasião. “Em comunhão com o Patriarca Latino de Jerusalém e com o Custódio da Terra Santa, uno-me espiritualmente à oração de tantos cristãos de todas as partes do mundo, enquanto saúdo de coração todos aqueles que estão aqui presentes para essa ocasião”.

O Santo Padre não deixou de recordar que a crise econômica está causando a perda de números empregos e essa situação requer grande sentido de responsabilidade da parte de todos: empresários, trabalhadores, governantes. Bento XVI citou então algumas realidades italianas como Termini Imerese e Portovesme, associando-se ao apelo feito pela Conferência Episcopal Italiana, que encoraja a fazer todo o possível para tutelar e fazer crescer o número de empregos, assegurando assim um trabalho digno e adequado para o sustento das famílias.