Semana Nacional da Familia

Semana Nacional da Familia

terça-feira, 25 de outubro de 2011

FAMILIA Precisa vencer egoismo e crescer no amor

Família precisa vencer egoísmo e crescer no amor, alerta bispo



Dom João Carlos Petrini é Bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família, da CNBB
Numa sociedade que o individualismo tem uma grande força, as realizações, interesses, prazeres e desejos pessoais vêm antes das relações familiares. "A família é vista como estorvo, pois exige sacrifícios, e é jogada fora", salienta o presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família, da CNBB, Dom João Carlos Petrini. Para o bispo, a família precisa vencer este egoísmo e crescer no amor.
“O grande desafio da família é crescer no verdadeiro amor e para isso é preciso olhar para o modelo da Santíssima Trindade e para Jesus, porque ali se encontra o amor em sua perfeição mais elevada”, destaca.


E qual é a característica do amor na Santíssima Trindade? Dom Petrini explica que na Santíssima Trindade uma Pessoa se doa totalmente a Outra. O Pai se doa ao Filho e o Filho se doa ao Pai e o dom entre eles é o Espírito Santo.

“E por outro lado qual é a característica de Jesus? É o amor que se doa. Ele ama com a paixão de um homem por uma mulher num amor de doação. Assim Ele ama a Igreja, dando Sua vida por ela. A Eucarístia e a Cruz são o ponto alto disso”, destaca Dom Petrini.

Assim, o grande desafio é não ficar numa vivência de amor precária, primitiva, vulnerável, uma maneira de amar típica de um adolescente que diz “eu gosto dessa pessoa e a quero para mim”. A maneira mais madura de amar que vem do exemplo de Jesus, ressalta o bispo, é aquela que diz “eu gosto daquela pessoa e estou disposto a doar a minha vida para a felicidade e o bem dela”.

Para enfrentar este desafio é necessário ter consciência do que é a relação com Cristo, entender o Sacramento do Matrimônio e entender o valor do sacrifício em benefício do outro. Dom Petrini aconselha os casais a participar de movimentos voltados para a família, pois a troca de experiência com outras famílias pode ajudar a entender os desafios do cotidiano e como lidar com as situações específicas de cada família.


Sexo como expressão de amor

Numa cultura do sexo livre, o sexo não é mais valorizado e compreendido como expressão do amor. O bispo salienta que é importante nunca isolar um aspecto da vida, o sexo faz parte de todo entendimento humano.

“Se você isola a sexualidade da totalidade da pessoa, da sua busca por um felicidade permanente, na capacidade de ser responsável diante dos outros, do respeito, etc, aquela sexualidade isolada se torna algo mais pobre, é dizer que ela é um instrumento só para conseguir prazer”, destaca.

Mas a sexualidade quando usada positivamente pode oferecer muito mais que momentos de prazer. Se torna o motivo pelo qual um homem se liga permanente a uma mulher, estando aberto a gerar filhos e educá-los.

“O caminho é reincorporar a sexualidade no contexto global da pessoa, pois mais que momentos de prazer é a satisfação da vida, a satisfação de ser pai, mãe, de ser casal. E a sexualidade tem tudo a ver com isso”, enfatiza.

Dom Petrini alerta que se a sexualidade não é entendida em relação a todos os outros aspectos da vida da pessoa, a sexualidade é distorcida e a pessoa procura apenas fragmentos de felicidade e não a felicidade por inteiro, uma felicidade que sustenta a sua vida.

O presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família abordará os deveres da família à luz da Exortação Apostólica Familiaris Consortio, durante o 2º Congresso Nacional de Planejamento Familiar, que acontece em Brasília neste fim de semana e tem como tema "Construir a Família: por amor, com amor e para o amor".

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Seculo XXI Desafiando a Familia

Século XXI- Desafiando a Família
 SÉCULO XXI
DESAFIANDO A FAMÍLIA
Atualmente a família  tem sido posta em questão pelas profundas e rápidas transformações da sociedade. Nestes últimos tempos ela vem  sendo  submetida a uma série de novos desafios, sobretudo, pelas várias transformações legislativas e políticas em matéria de matrimônio, e em relação à vida.
Antes de tudo, a família, no sentido bíblico não é somente um dado sociológico; no sentido de conviver um com o outro, ou sentido econômico de proteção, embora, também envolva isso, mas a família é o lugar onde o homem aprende a crescer na sua integridade de pessoa humana.
Atualmente fala-se muito em família mesclada, família recriada, família ampliada, família reconstituída, e ainda as chamadas "Uniões de fato".
A família não é somente um lugar de crescimento pessoal, dos afetos, da transmissão da cultura entre as gerações, mas sim uma comunidade de amor, o lugar do direito e do princípio do cuidado, da solidariedade, partilha, amizade, companheirismo, respeito e unidade.
 Não obstante, em nossos tempos é possível constatarmos uma sociedade cada vez mais despersonificada, desumana e desumanizante. Observamos por exemplo: o crescimento da violência de forma assustadora, a miséria e a fome, as drogas, pornografia e tantas outras desordens que fere a essência da família.
Infelizmente em nossos tempos a família célula base da sociedade sujeito de direitos e deveres tanto do Estado como de qualquer outra comunidade, encontra-se muitas vezes como vítima da sociedade, da lentidão das suas intervenções e das suas patentes injustiças.
A família não é criação humana, nem do estado, nem da Igreja. É constituição ligada à natureza do homem e da mulher, para o bem e a felicidade pessoal, da sociedade.
Atualmente estamos presenciando uma sociedade cada vez mais secularizada,  consumista e utilitarista.
Cada dia que passa a sociedade corre o perigo de ser cada vez mais despersonalizada e massificada, e, portanto, com os resultados negativos de tantas formas de evasão que ameaçam e se opõem a instituição da família.
Não faltam sinais de degradação preocupante de alguns valores fundamentais: uma errada concepção teórica e prática da independência dos cônjuges entre si; as graves ambigüidades acerca da relação de autoridade entre pais e filhos;as dificuldades concretas que a família muitas vezes experimenta na transmissão dos valores; o número crescente dos divórcios; a praga do aborto; o recurso cada vez mais freqüente à esterilização.
O matrimônio de prova , até o pseudomatrimônio entre as pessoas do mesmo sexo, são ) expressões de uma liberdade anárquica que se apresenta erroneamente como libertação autêntica do homem"
O mundo moderno, lança uma série de novos desafios para a família. Alguns afirmam que vivemos numa sociedade pós-matrimonial. Os sistemas jurídicos de quase todos os países ocidentais já não apóiam o casamento e o divórcio se concede facilmente.
São muitas as dificuldades que a família enfrenta nos dias de hoje. Por exemplo:

·Dificuldades no trabalho;
·Dificuldades na área da educação;
·Dificuldades de moradia;
·Dificuldades nos meios de comunicação;
A família no mundo em tempos recentes, não contém mais a exclusividade da função educadora, mas a divide com a escola e como ambiente social. A Família perdeu também a característica de auto-suficiência econômica, bem como a função de definir essencialmente o status social de seus membros. Mesmo assim, mantêm importantes indeclináveis funções:
·Ser formadora de pessoas, orientando a consciência de seus membros sobre suas responsabilidades políticas e sociais, que podem exigir-lhe uma ação organizada para a transformação global da sociedade, esforçando-se em superar o sistema desumano e consumista;
·Transmitir valores fundamentais e educar seus membros a vivê-los integralmente.[
·Educar para a justiça e a liberdade, de modo especial
Pela conjuntura histórica que vivemos, globalização e pós-modernidade,  vemos várias transformações legislativas e política em matéria de matrimônio, família e em relação à vida, não obstante, mesmo diante desses desafios, a família representa uma esperança para a sociedade.
Conclui-se portanto, que a Família com seus inúmeros valores ainda é sobretudo o alicerce da sociedade, além de ser um dos tesouros mais importantes de toda a história da humanidade desde sua origem.
A família é uma instituição natural contendo valores que são perenes que jamais podem ser ofuscados, rechaçados, tolhidos ou desprezados. É de vital importância para sociedade. Nele, homem e mulher podem, devidamente, constituir uma família e gerar novos membros para a sociedade.